Quando crias com a tua voz tudo fica mais “Peaners”
Criar conteúdos deve ser libertador, contudo é comum muitas pessoas sentirem pressionadas porque procuram a perfeição ou sentem-se obrigadas a criar.
A partilha é algo que vem de dentro e se tens o conhecimento, a visão, o coração, faz. O resto depois acontece quando há autenticidade.
O Jorge Jesus é autêntico e partilha a sua verdade entre calinadas e onomatopeias virais como “Glu glu glu”.
“Um treinador é como um pintor. (…) Já contei esta história da Paula Rego: estive uma vez numa exposição e ela dizia-me a mim e às outras pessoas que era uma figura que se chamava Maria e que estava a chorar; ‘ah está a chorar?’ não via nada… mas ela sabia que estava a chorar. É como o treinador. Vocês não olham muita coisa porque isto é criativo. Porque são muitas horas e horas de treino, a repetir a jogada, vai para trás, vai para a frente, passa nas costas (…)”
Transforma o que vês e ouves em conteúdo
Em várias entrevistas, Jorge Jesus mencionou como a letra da canção Melhor de Mim ajudou a passar dificuldades e que atualmente ouve a canção para sentir-se motivado.
O conteúdo anda pelo ar quando estamos num estado mental de partilhar/criar. Recentemente vi uma Playlist do Spotify que simulava o funcionamento do microondas. Pensei e se fizer com Marketing?


Há uma tendência de quem começa a criar conteúdo em fazer o básico.
E isso é um erro. Para aqueles que têm autoridade numa área, o conteúdo básico é necessário porque são vistos como especialistas. Não é uma contradição porque quem está a descobrir procura por essa informação ou clica ao ver no feed.
O artigo do Paulo Faustino “Como escrever e otimizar para SEO” foi das melhores bases que tive ao começar no Marketing Digital.
Mas para quem ainda não tem autoridade ou imensa experiência, o conteúdo mais básico não vai diferenciar e não vai funcionar. O básico vai precisar de um um ângulo, uma metáfora, só assim é possível despertar a percepção das pessoas.
O artigo do Sílvio Almeida, o que é o SEO – versão Hotel Califórnia é um exemplo de como o ângulo pode diferenciar o conteúdo. E confesso que foi este o artigo que me levou a pensar diferente!
As tuas experiências são conteúdo mas tens de tornar o conteúdo apresentável para o público
Experiências profissionais, de compra ou até mesmo algo em formação, tudo pode ser moldado para conteúdo.
Uma forma de criar ligação com as pessoas é ligar com algo popular (programa de tv, meme, música, etc,)

O processo de compra online de produtos de valor mais elevado é mais demorado. Numa loja física ninguém regressa 9x até comprar, porém no Online é normal entre remarketings e visitas diretas. O momento destas compras é como o mítico momento do Agora ou Nunca.
COMPRA COMPRA COMPRA invés do PONHA PONHA PONHA.
Ao criar conteúdo não podemos fazer algo tão conceptual que é mais difícil de dificrar que arte contemporânea. Só que podemos mudar as peças.

Na era da atenção temos que caprichar. Imagina que compras online numa marca do Hong Kong. E decides contar todo o processo de dúvida e de marketing que te levou à compra.
O título “A minha compra numa loja online do Hong Kong” não fala para o público e é um monólogo.
Mas ao mostrar um possível problema e quantificar a distância tornou o artigo mais relacional.
O artigo foi elogiado por diversas pessoas que sabem MUITO MAIS QUE EU.

Fui fazendo mais conteúdo e um ano e meio depois o Rui Cunha recomendou-me para a Primetag, empresa onde trabalhei.
Torna-te um Jorge Jesus do conteúdo
- O conteúdo não sai de forma mágica. A inspiração surge de experiências e tens de estar em alerta (viste como o Jorge Jesus ligou a sua profissão com uma conversa com uma pintora?)
- Conta a verdade! O que fizeste, ouviste, viste, tudo é transformável em conhecimento e conteúdo para uma audiência.
- Não cries fantasmas. Como a Sofia Sundari diz “Atira-te de cabeça e só depois as portas abrem”. É um processo de fazer e ir descobrindo.
- Consome conteúdo das mais diversas áreas, tira notas do positivo e TESTA COM O TEU ESTILO (não copies, adapta).
- Tens de caprichar nos títulos seja em vídeo ou textos porque é o mote para o resto.
Algumas técnicas de criar títulos chamativos
Quantifica e contradiz uma falsa verdade “Anúncios bonitos podem ter CTR de 0,38% e o “feio” vender muito”
Faz uma comparaçao com algo conhecido “Cria Conteúdos para a Marca Pessoal como o Jorge Jesus”
Criar sensação de perca se não o conteúdo não for lido “15 Coisas Alarmantes que Tens de Saber ao Contratar um Agente Imobiliário”
Partilha. Constrói uma Audiência. Não desistas pelo menor feedback inicial. Vai ganhando mais Confiança e Testa Muito Mesmo Quando já encontraste a Tua Linguagem.
P.S: O Jorge Jesus testou o Glu Glu Glu e foi viral!
